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Segunda, 13 Março 2017

Município receberá obras de revitalização das Sub-bacias do Rio São Francisco

À direita Ribeirão dos Patos e a Esquerda Rio São Miguel, importantes afluentes do Rio São Francisco À direita Ribeirão dos Patos e a Esquerda Rio São Miguel, importantes afluentes do Rio São Francisco 1ª Foto: Ana Luiza Rabelo 2ª Foto: Arquivo Asscom

....Ana Luiza Rabelo/g1


     O Município de Pains está entre as cidades do Centro-Oeste mineiro que receberão obras de Revitalização das Sub-bacias do Rio São Francisco.  Pains possui o Rio São Miguel e o Ribeirão dos Patos, dois importantes afluentes do Rio São Francisco.

     De acordo com o superintendente da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Rodrigo Carvalho Fernandes, as obras serão concentradas em cinco etapas, sendo: proteção de nascentes, construção de barraginhas, terraços e adequação ambiental de estradas rurais. Rodrigo ressalta que as obras não ocorrerão nos cursos do rio e sim nos afluentes que exercem fundamental importância para o volume de água do

Rio São Franciso “Sabemos que fala-se muito em transposição, mas a revitalização tem que ser feita e principalmente em Minas. Não tem quem não se identifique com este rio. Ele está presente em mais de 500 municípios. Entretanto, para Minas Gerais ele tem uma importância ainda maior, pois 70% da quantidade de água do Velho Chico está no estado. É primordial a preservação pensando também na transposição", enfatizou.

As obras foram contabilizadas em R$ 13,5 milhões e contempla a terceira fase de execução do programa de revitalização que abrange várias partes do país. “Além de conservar os recursos hídricos, o Velho Chico exerce fundamental importância na agricultura irrigada, principalmente na produção de frutas, e aí vem consequentemente a geração de emprego e renda. A parte ambiental é o que mais salta aos olhos, mas a parte social e econômica também deve ser levada em conta”, disse Rodrigo.

   A formalização do convênio de revitalização da área da bacia foi feita em 2008 e tem investimento total previsto de R$ 50 milhões. Segundo o assessor técnico da Secretaria de Agricultura, Roberth Rodrigues, ao longo destes nove anos as ações chegaram a 144 municípios, incluindo as cidades que serão beneficiadas em 2017.

Em Panis, por exemplo, serão feitas bacias de captação de água da chuva, que são as famosas barraginhas, e 12 quilômetros de construção de terraços, que são os quebra molas em áreas rurais. Já em Pitangui, as obras serão realizadas no Córrego do Coqueiro. Essa sub-bacia irá receber  210 barraginhas e oito quilômetros de construção de terraços.

"Nem todas as cidades terão as mesmas obras. Foram feitos estudos de viabilidade. Algumas receberão cercamento de nascentes e as outras obras citadas", destacou Rodrigo.

Para este ano já estão licitadas sete empresas que vão executar as obras nos municípios selecionados. Esta seleção vem sendo feita com base em levantamento solicitado pela Agência Nacional das Águas (ANA) e realizado pela Emater-MG em 2002 e que identificou as sub-bacias prioritárias para receber as obras de revitalização, incluindo as do Centro-Oeste.

   O Rio São Francisco é um dos mais importantes da América do Sul e o único grande rio genuinamente brasileiro. As águas testemunharam o desenvolvimento do Brasil e pelo país corta serras, matas e vales.

O São Francisco tem mais de 2.700 km e corta sete estados brasileiros - Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal - o que dá a ele o título de maior rio totalmente brasileiro, com uma bacia hidrográfica que abrange 504 municípios.

Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas, ele percorre 14 quilômetros até cair na cachoeira Casca Danta, onde inicia a jornada para o Sul e em seguida muda o curso para o Nordeste do Brasil.

Em 2014, o turismo e a economia no trecho de Minas Gerais tiveram problemas graves devido à seca da nascente histórica localizadas no Parque Nacional da Serra da Canastra.
O fato foi descoberto durante um incêndio no parque, quando os brigadistas tentavam impedir que o fogo atingisse a nascente do rio.

Na ocasião, a seca foi tratada como a pior já vista em todos os tempos. “Não há registros históricos de seca dessa nascente. Essa estiagem simbolizou uma mudança climática rigorosa e serviu de alerta para toda humanidade", afirmou o diretor do parque na ocasião, Arthur Castanheira.

Após as queimadas constantes e a divulgação de que a nascente do Rio São Francisco havia secado houve queda no turismo na região e, de acordo com a Associação de Turismo da Serra da Canastra (Atusca), a baixa no número de visitantes chegou a 60% em 2014. Entretanto, ocenário natural se refeze sete meses depois a economia baseada no turismo foi retomada na região. A visitação no local é hoje 50% maior que no ano da seca, como ressaltou a Atusca.

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